JPMorgan revisa expectativas e reduz projeção para o petróleo
2023年7月26日 - 2:36AM
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O JPMorgan revisou suas expectativas para baixo em relação ao
preço do petróleo, considerando o câmbio e as novas projeções
macroeconômicas. A expectativa agora é que o barril do brent
alcance US$ 75 até 2024, em comparação com os US$ 80 anteriormente
previstos. Contudo, a projeção para o período a partir de 2025
permanece em US$ 80 por barril em termos reais.
Apesar de manter uma visão geral positiva para as empresas
brasileiras do setor, os analistas do banco revisaram para baixo o
preço-alvo das ações das companhias.
Para a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), a recomendação de
overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à
compra) foi mantida. No entanto, o preço-alvo da ação PETR3 foi
revisado de R$ 41 para R$ 37, representando um potencial de alta de
21% em relação ao fechamento anterior. Para os ADRs (recibos de
ações) PBR, equivalentes aos ordinários, o preço-alvo foi reduzido
de US$ 15,50 para US$ 15, o que significa um upside de 4%.
Em relação aos ativos preferenciais PETR4, o preço-alvo também
foi cortado de R$ 41 para R$ 37, oferecendo uma alta de 35% em
relação ao fechamento anterior. O preço-alvo do ADR PBR-A
(equivalente aos preferenciais) também sofreu um corte, chegando a
US$ 15, o que representa um upside de 17%.
A recomendação overweight para a Petrobras foi mantida devido à
relação risco-recompensa favorável, considerando que as mudanças na
estratégia não devem comprometer a geração de fluxo de caixa livre,
conforme a visão dos analistas. Embora haja previsão de aumento nos
investimentos em iniciativas de baixo carbono, o foco principal da
empresa permanece no segmento upstream (exploração e produção). É
possível que ocorra uma redução nos dividendos, mas em linha com as
grandes empresas do setor de petróleo, incluindo recompras de
ações. Além disso, a política de preços deve permanecer dentro de
uma faixa estreita, que, na visão do JPMorgan, não se distanciará
muito da paridade de preços anterior.
Além da Petrobras, o banco reduziu o preço-alvo para as ações da
3R Petroleum (BOV:RRRP3) de R$ 70 para R$ 66 por ação (upside de
81%), e o preço-alvo para PRIO (BOV:PRIO3) foi reduzido de R$ 59
para R$ 56 por ação (upside de 21%). Ambas as empresas tiveram a
recomendação mantida em overweight.
Dentro do segmento de distribuição, o JPMorgan destacou sua
preferência pelas ações da Vibra (BOV:VBBR3), apontando sua
história transformacional após a privatização em julho de 2019. O
banco ressalta que a gestão tem cumprido a recuperação e indica que
ainda há mais ganhos a serem alcançados, tornando a Vibra uma opção
atrativa. A empresa possui também uma posição de caixa confortável
e um rendimento futuro atraente (retorno de dividendo esperado de
3,7% em 2023). A recomendação equivalente à compra foi mantida, e
um preço-alvo de R$ 22 foi estabelecido (upside de 24%).
No caso das ações da Ultrapar (BOV:UGPA3), o banco manteve a
classificação neutra, mas elevou o preço-alvo de R$ 14 para R$
16,50 por ação, representando uma queda de 15%. Os analistas
comentaram que as estimativas foram revisadas para cima devido à
melhora da perspectiva para a Ultragaz. No entanto, acreditam que o
fator-chave para as ações continua sendo a Ipiranga, o negócio de
distribuição de combustíveis. O desempenho desse segmento está mais
influenciado pelas condições gerais do mercado (recuperação nos
volumes de tráfego) do que por fatores específicos internos.
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