Michael O’Leary, CEO da Ryanair (NASDAQ:RYAAY), anunciou na segunda-feira (29) um possível alívio para a Boeing ao expressar interesse em adquirir o 737 MAX 10, caso companhias aéreas americanas recusem a entrega do modelo ainda não certificado. Durante a divulgação dos resultados financeiros da Ryanair, O’Leary destacou o impacto “transformador” do MAX 10, conforme reportado pela Reuters. Contudo, a compra está condicionada a “preços adequados”, conforme indicado pelo diretor financeiro da Ryanair, Neil Sorahan.

Este gesto de confiança na linha de jatos MAX da Boeing surge em um período de incertezas e hesitações de outras companhias aéreas. Scott Kirby, CEO da United Airlines (NASDAQ:UAL), mencionou a exclusão do MAX 10 dos planos futuros da empresa devido à improbabilidade de a Boeing cumprir com as entregas acordadas. A United tem uma encomenda de 277 unidades do MAX 10 para esta década, mas Kirby enfatizou que o pedido não foi cancelado.

As declarações do CFO da United, Michael Leskinen, sobre os atrasos no MAX 9 reforçam as preocupações sobre os cronogramas de entrega do MAX 10. A Southwest Airlines (NYSE:LUV) também revisou seus planos de frota, excluindo o ainda não certificado MAX 7 para 2024, enquanto a Alaska Air (NYSE:ALK) reavalia sua relação com a Boeing.

A Ryanair, Boeing, United Airlines, Southwest Airlines e a Alaska Air também são negociadas na B3 através das BDRs (BOV:R1YA34), (BOV:BOEI34), (BOV:U1AL34), (BOV:S1OU34) e (BOV:A1LK34), respectivamente.

A Boeing espera que a divulgação de seus resultados financeiros na quarta-feira esclareça o impacto dos desafios enfrentados com a linha MAX, especialmente após o retorno do MAX 9 aos céus. Apesar do progresso, a trajetória dos jatos MAX da Boeing ainda parece incerta.

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