Magalu e Casas Bahia: resultados são considerados positivos, mas deterioração do cenário surge como entrave para as empresas
2024年5月20日 - 9:05PM
Newspaper
O primeiro trimestre de 2024 foi marcado como um período de
recuperação na frente operacional para as duas maiores varejistas
brasileiras — Magazine Luiza e Casas Bahia. Os resultados das duas,
apesar de elas estarem em momentos diferentes, foram considerados
positivos, trazendo avanços. Mas a deterioração do cenário
macroeconômico surge como um entrave para as empresas e para as
ações.
Analistas reagiram ao resultado do Magazine Luiza (BOV:MGLU3),
mencionando que a estratégia da companhia “está dando frutos”, com
destaque para a rentabilidade.
“A companhia divulgou um conjunto sólido de resultados, com um
desempenho de receita líquida ainda moderado, mas melhorando a
rentabilidade em ajustes comerciais e maior penetração de
serviços”, avaliou, após a publicação, a equipe de análise da
XP.
A varejista vem avançando com o seu marketplace, que se tornou o
foco da empresa. Nele, a ideia é oferecer uma gama variada de
serviços aos lojistas parceiros, o que aumenta a lucratividade.
“Pelo segundo trimestre consecutivo, Magalu apresentou uma
margem Ebitda ajustada acima do patamar de 7,0% e lucro líquido −
vale destacar que o 1º trimestre do ano não costuma ser um período
que traz grande alavancagem operacional para o setor e, ainda
assim, a companhia tem mostrado a sua racionalidade em se manter
rentável e a sua capacidade em repassar preço”, apontou a
Genial.
Já para o Grupo Casas Bahia (BOV:BHIA3) — que passa por uma
reestruturação operacional e financeira, que conta com fechamento
de lojas e descontinuidade de categorias —, a visão mais positiva
dos analistas do resultado se deu pelo fato de a empresa ter tido
um volume bruto de vendas (GMV, na sigla em inglês) com queda menor
na base anual do que aquilo visto no quarto trimestre de 2023.
Fora isso, o time da XP mencionou que a rentabilidade “tem
evoluído sequencialmente”, já que a empresa tem se concentrado em
uma estratégia de preços e categorias mais racional, e destacou que
a empresa trouxe melhora do seu nível de estoque. As ações da
varejista subiram forte após a publicação.
Juros minguam visão positiva dos resultados do Magazine Luiza e
Casas Bahia
No entanto, apesar dessas melhorias no operacional, os papéis das
duas seguem com queda no ano, sendo que a maior parte do recuo se
deu após o começo do segundo trimestre. A recente visão de que os
juros no Brasil podem ficar mais altos por mais tempo vem
pressionando as ações, apesar dos avanços operacionais
destacados.
No começo do começo do ano, a perspectiva de que os Estados
Unidos poderia não cortar os juros em 2024 no nível esperado
anteriormente, com a inflação ainda persistindo e a economia mais
forte do que o esperado, pesou nas expectativas para o recuo da
taxa básica (Selic) no Brasil. O Banco Central olha para fora para
tomar as decisões internas.
Fora isso, apesar de o cenário por lá ter melhorado
recentemente, questões fiscais brasileiras, como a revisão da meta
de superávit para 2025, também passaram a impulsionar as taxas
brasileiras, principalmente na parte longa da curva.
“O que está acontecendo é que tínhamos um cenário para o final
do ano de juros de um dígito e já se fala em juros de dois dígitos.
Obviamente que isso desacelera as expectativas e torna o cenário
menos favorável para bens duráveis, porque eles dependem
fundamentalmente de crédito”, explica Alberto Serrentino, CEO da
consultoria Varese, especialista em varejo.
Victor Bueno, analista da Nord, explica que juros mais altos
criam a expectativa de que o consumo será menor. Fora isso, as duas
varejistas, que estão em momentos de alavancagem considerável (a
Casas Bahia mais do que o Magazine Luiza, vide toda sua
reestruturação), acabam sofrendo também do lado dos gastos
financeiros.
“Por enquanto, a gente não enxerga uma oportunidade em nenhuma
das duas empresas; Obviamente que se houver um cenário interno
melhor, principalmente relacionados aos juros, isso pode acabar
impulsionando de uma forma mais expressiva os resultados e podemos
até repensar nessa nossa decisão”, fala. “Mas, no momento, com
projeção de juros em patamar acima de 10% e de olho na alavancagem
ainda bastante levada das duas, a gente não enxerga a oportunidade
nenhuma das duas empresas”.
Atualmente, de acordo com dados da LSEG, as ações ordinárias do
Magazine Luiza tem apenas uma recomendação de compra, nove neutras
e uma de venda, com preço-alvo médio em R$ 2,50 . As do Grupo Casas
Bahia tem cinco neutras e quatro de venda, com preço-alvo médio em
R$ 8.
Informações Infomoney
MAGAZINE LUIZA ON (BOV:MGLU3)
過去 株価チャート
から 12 2024 まで 1 2025
MAGAZINE LUIZA ON (BOV:MGLU3)
過去 株価チャート
から 1 2024 まで 1 2025