CCR estuda promover reciclagem de portfólio de ativos que incluem aeroportos e projetos de mobilidade urbana
2024年5月29日 - 4:07AM
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A CCR está estudando promover uma reciclagem de portfólio de
ativos que incluem aeroportos e projetos de mobilidade urbana,
atraindo parceiros para projetos para acelerar o crescimento do
grupo, algo que pode incluir rodovias, afirmaram executivos da
operadora de infraestrutura de transporte.
A companhia avalia ter um potencial de geração de caixa de R$ 5
bilhões a R$ 10 bilhões até 2035 com essa reciclagem de capital,
que também poderá incluir vendas de participações ou ativos
inteiros que a empresa entenda como tendo atingido a maturidade de
retornos.
Além dessas opções, o presidente-executivo, Miguel Setas,
afirmou durante apresentação a investidores nesta terça-feira que
as áreas de aeroportos e mobilidade urbana podem fazer parte de
“plataformas de negócios” com “representação societária”.
“Queremos criar espaço em nosso balanço para aumentarmos nosso
poder de fogo para crescermos”, disse Setas no evento.
A empresa tem meta “conservadora” de crescer o resultado
operacional medido pelo Ebitda – sigla em inglês para lucro antes
de juros, impostos, depreciação e amortização – em 8% a 10% em uma
média anual até 2035, algo que prevê eventualmente entrada de novos
ativos ao portfólio da companhia.
O vice-presidente de finanças, Waldo Leskovar, ponderou que a
velocidade da reciclagem de capital da companhia dependerá de uma
série de fatores. Entre eles, como vai evoluir a participação da
empresa em novas licitações de ativos de infraestrutura e a própria
estrutura de capital do grupo, que está alongando prazos de dívida
e tem objetivo de chegar ao endividamento líquido zero em 2035 e
uma relação de pagamento de retornos aos acionistas de 50% do
lucro.
“Há espaço no balanço para crescimento. Não vamos ganhar tudo
(em futuros leilões de ativos) mas podemos trabalhar com parceiros
e reduzir a necessidade de capital e aumentar o leque de
oportunidades”, disse Leskovar. “A intenção de trazer um sócio na
mobilidade é para acelerar o crescimento”, acrescentou.
A CCR (BOV:CCRO3), que atualmente tem 3,6 mil quilômetros de
rodovias administradas, 20 aeroportos sob gestão e é a maior
operadora privada de trilhos da América Latina, quer conseguir 500
milhões de reais em economias de despesas com pessoal, material
serviços de terceiros e outros itens até 2026.
Parte dessa estratégia passa por uma redução de 60 milhões de
reais na conta anual de energia elétrica de 300 milhões de reais do
grupo, algo que inclui investimento em energias renováveis como
geração solar, disse Setas.
Na outra ponta, a empresa está mirando crescimento de receitas
complementares a sua operação de mobilidade urbana, que devem ter a
participação no faturamento total aumentando de 6% no ano passado
para 10% até 2035. Nessa frente, estão iniciativas como montagem de
shoppings em estações de metrô. Em 2023, essas receitas acessórias
somaram 124 milhões de reais e a CCR estima poder elevar esse
número para 360 milhões até 2027.
Questionados sobre reequilíbrio de contratos, executivos da
companhia citaram que “tem muita coisa em negociação para este ano”
e que no caso da concessão rodoviária MSVia, no Mato Grosso do Sul
e uma constante preocupação dos investidores, a empresa discute uma
revisão geral do contrato com o poder concedente.
“É uma repactuação completa do contrato…com outras tarifas,
outro cronograma de investimento”, disse o vice-presidente de
rodovias, Eduardo Camargo. “Estamos promovendo o ‘derisk’ do
contrato atual para um novo contrato”, disse, sem precisar quando
as discussões podem ser concluídas.
Informações Reuters
CCR ON (BOV:CCRO3)
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