A rede de joalherias Vivara registrou lucro líquido de R$ 35,8
milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T24), montante 7,2%
inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2023.
Segundo a Vivara, resultado líquido foi impactado pela menor
receita financeira e aumento da depreciação no trimestre.
A receita líquida foi de R$ 444,6 milhões no trimestre, com
expansão de 13,5% em relação ao 1T23.
Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 57,2 milhões no
1T24, uma diminuição de 1,4% em relação ao 1T23.
A margem Ebitda ajustada atingiu 12,9% entre janeiro e março
deste ano, baixa de 1,9 p.p. frente a margem registrada em
1T23.
Na visão de Vendas Mesmas Lojas (SSS), considerando apenas lojas
físicas, o crescimento foi de 9,6%, impulsionado pela performance
das lojas exclusivas da marca Life, com um SSS de 16,5%.
O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 303 milhões no primeiro
trimestre de 2024, um aumento de 11,2% na comparação com igual
etapa de 2023. A margem bruta foi de 68,2% no 1T24, queda de 1,5
p.p. frente a margem do 1T23.
As despesas operacionais somaram R$ 226 milhões no 1T24, um
crescimento de 16,4% em relação ao mesmo período de 2023.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 15,5 milhões
no primeiro trimestre de 2024, uma elevação de 13,8% sobre as
perdas financeiras da mesma etapa de 2023.
Em 31 de março de 2024, o caixa líquido da companhia era de R$
139,4 milhões, um crescimento de 322,1% na comparação com a mesma
etapa de 2023.
A companhia encerrou o mês de março com 406 pontos de vendas em
operação, sendo 261 lojas Vivara, 131 lojas Life e 14 quiosques,
com um total de 33.818,12 metros quadrados de área de venda.
Os resultados da Vivara (BOV:VIVA3) referentes
às suas operações do primeiro trimestre de 2024 foram divulgados no
dia 06/05/2024.
Teleconferência
O CEO da varejista de joias Vivara, Otavio Lyra, afirmou nesta
terça-feira (7), em teleconferência de resultados do primeiro
trimestre, que ainda busca um “braço-direito” para a cadeira de
diretor financeiro (CFO). O posto era ocupado por ele antes de
assumir o comando da companhia, em março, após uma conturbada
movimentação no topo da empresa. O executivo acumula as duas
funções desde então.
A escolha do substituto não deve demorar, mas deve ser submetida
ao conselho da companhia, informou Lyra. Ao comentar o assunto, ele
expressou em tom de brincadeira que “chega de trocas de CEOs no
momento” – referindo-se às rápidas mudanças na varejista.
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No dia 25 de março, Lyra substituiu Nelson Kaufman, maior
acionista e fundador da varejista. A troca ocorreu apenas uma
semana após Kaufman retornar como CEO. A notícia não foi bem
recebida pelo mercado e os papéis da companhia tiveram forte queda
naquela semana. O fundador da Vivara voltou atrás, passando a
presidir o conselho da empresa e passou a Lyra o posto que antes
pertencia a Paulo Kruglensky, que renunciou no dia 15 de março.
Lyra confirmou os planos de abertura de 70 a 80 novas lojas em
2024, após um trimestre de forte expansão, com 18 unidades novas.
Ele reforçou que a companhia voltou a gerar forte caixa e que, em
breve, deve deixar mais claros os planos de internacionalização a
varejista anunciados por Kaufman.
VISÃO DO MERCADO
Itaú BBA
O BBA aponta que a empresa apresentou uma dinâmica fraca de
receita líquida e rentabilidade, embora a rentabilidade tenha
ficado acima das suas projeções. A margem bruta caiu 1,4 ponto
percentual (pp) em relação ao ano anterior, para 68,2% (0,5 pp
abaixo da sua projeção), devido a maiores deduções da receita
bruta, entre outros fatores. As despesas operacionais e
administrativas (SG&A) mais altas como percentual da receita
líquida levaram a margem Ebitda (rentabilidade operacional)
ajustada (excluindo o IFRS 16) a cair 1,9 pp, para 12,9%, embora
1,1 pp acima do número do banco. O lucro líquido terminou o
trimestre em R$ 36 milhões, superando sua estimativa de R$ 18
milhões, principalmente devido a impostos.
“De forma geral, embora fracos, os resultados da empresa vieram
melhores do que antecipávamos, e acreditamos que a rentabilidade
volte a melhorar para frente, beneficiando-se de uma base de
comparação mais favorável. Por ora, reiteramos nossa recomendação
de compra para VIVA3, com um preço-alvo de R$ 39 ao fim de 2024”,
reforça o BBA.
XP
A Vivara teve resultados fracos no primeiro trimestre, aponta a
XP, embora ligeiramente melhores do que os analistas da casa
esperavam, com um sólido desempenho na receita ofuscado por margens
pressionadas.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
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