Marfrig deve focar em alimentos processados e marcas de alto valor agregado, após venda de ativos para Minerva
2024年9月26日 - 10:57PM
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A Marfrig deve consolidar sua estratégia de focar em alimentos
processados e marcas de alto valor agregado após a aprovação da
venda de ativos para a Minerva, indicou o CEO Rui Mendonça em
entrevista, logo após a decisão do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade). “Nosso foco é em alimentos de valor
agregado e operações em complexos industriais”, afirmou
Mendonça.
O CEO também destacou a prioridade da Marfrig (BOV:MRFG3) em
manter uma operação sustentável e eficiente, com foco em unidades
de maior capacidade produtiva e localização estratégica.
“Nosso objetivo é concentrar operações que possuem mais
habilitações e grande volume de produção, o que resulta em menor
custo por quilo produzido e margens mais sólidas”, explicou. “Hoje,
30% das nossas vendas de carne desossada já são de marcas
reconhecidas no mercado de alto nível”, complementou.
Mendonça reafirmou que a Marfrig vai intensificar o foco em
produtos processados e industrializados, por considerá-los uma
operação mais sustentável. “Continuaremos operando com commodities,
mas com competitividade crescente e um foco cada vez maior em
produtos de valor agregado”, afirmou.
Ele também ressaltou a sinergia com a BRF, que vem gerando
resultados importantes em suas operações e marcas combinadas.
“Temos trabalhado muito próximos à administração da BRF. As duas
empresas estão aproveitando oportunidades conjuntas”, comentou,
destacando o potencial significativo para capturar sinergias
adicionais, com benefícios claros para ambas.
O negócio, anunciado em agosto de 2023, envolve a venda de
ativos à Minerva por R$ 7,5 bilhões. A transação inclui 11 plantas
de bovinos no Brasil, uma unidade industrial na Argentina, três no
Uruguai, uma planta de cordeiros no Chile e um centro de
distribuição no Brasil. Mendonça explicou que, após o aval do Cade,
a expectativa é de que o processo de transação seja concluído até o
fim de outubro.
A exceção envolve a negociação das plantas no Uruguai, que ainda
depende da aprovação das autoridades concorrenciais locais. Não há
uma data prevista para a conclusão. O valor estipulado para a
negociação no Uruguai, de R$ 675 milhões, permanece suspenso. Foram
pagos R$ 1,5 bilhão no anúncio do negócio, e com a decisão
favorável do Cade, a Marfrig deverá receber entre R$ 5,6 bilhões e
R$ 5,7 bilhões, valor ajustado pelo CDI desde agosto de 2023 até a
conclusão da transação.
Quanto ao uso dos recursos provenientes da venda, a companhia
destacou o compromisso com a disciplina financeira e a redução da
alavancagem, que fechou o segundo trimestre de 2023 em 3,38
vezes.
“Os recursos, da ordem de R$ 5,7 bilhões, serão utilizados
principalmente para reduzir a alavancagem e, consequentemente,
diminuir o custo financeiro”, destacou o diretor de relação com
investidores da Marfrig, David Tang.
Quanto ao uso dos recursos provenientes da transação, a
companhia disse que a empresa manterá o compromisso com a
disciplina financeira e a redução de alavancagem, que fechou o
segundo trimestre de 2023 em 3,38 vezes.
“Os recursos, na ordem de R$ 5,7 bilhões, serão utilizados
principalmente para reduzir a alavancagem e, consequentemente,
diminuir o custo financeiro”, afirmou o diretor de relação com
investidores da Marfrig, David Tang.
Mendonça também comentou que o Cade aprovou a transação sem
impor grandes restrições, o que facilita a continuidade dos
projetos da empresa. A planta produtiva em Pirenópolis (GO), hoje
da Marfrig, será vendida pela Minerva. Além disso, o Cade declarou
sem efeito a cláusula que previa um limite de expansão da
capacidade da Marfrig em abate e desossa na planta de Várzea Grande
(MT). “Os remédios indicados pelo Cade foram leves e não alteram os
planos da Marfrig”, concluiu Mendonça.
Minerva
A Minerva (BOV:BEEF3) informou, por meio de Fato Relevante,
esperar que a operação de aquisição de ativos da Marfrig seja
concluída até o fim de outubro, após a aprovação do acordo ontem
pelo Cade.
“Sendo confirmada a consumação das condições precedentes
previstas no contrato, a companhia espera que o fechamento da
Operação – América do Sul ocorra até o final do mês de outubro de
2024”, disse, no Fato Relevante, o diretor de finanças e relações
com investidores da Minerva, Edison Ticle.
Ao aprovar o negócio, o Cade impôs alguns “remédios”. A Minerva
será obrigada a vender a planta localizada em Pirenópolis (GO),
atualmente inativa. No fato relevante, a companhia assegurou que
não havia planos de retomada das atividades na unidade.
“A companhia informa que a planta de Pirenópolis, a qual foi
aplicada remédio pelo Cade, encontra-se fechada desde 2010 e que,
conforme material apresentado quando da aquisição, nunca existiram
planos de reabertura da planta”, explicou a Minerva.
Informações Broadcast
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